quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Diversos modos de “tratar” os Transtornos Alimentares

É inegável, neste contexto, a importância de a união entre  Nutrição e a Psicologia para a  promoção da Saúde Pública.  

Diagnóstico 
Um dos passos iniciais para um tratamento eficaz é o diagnostico do transtorno, pois cada um tem sintomas diferenciados, bem como causas e consequências. Primeiramente devemos explicar que ao contrario do senso comum onde a bulimia é associada á episódios de ingestão de grande quantidade de alimento seguida de vômitos auto induzidos, já a anorexia vem com a imagem de uma pessoa muito magra e que não come nada, para não engordar. Porém na realidade não é assim tão fácil, há outros fatores a serem observados. 
A anorexia nervosa é um transtorno alimentar em que o individuo que vivencia a experiência corporal de maneira perturbada, e apresenta peso corporal muito abaixo do considerado normal para idade ou altura, consequência de severa restrição alimentar. Um segundo tipo da doença apresenta também episódios de compulsão alimentar e medidas purgativas compensatórias, além da restrição de alimentação. Ainda deve constar que para diagnóstico de paciente anoréxico considera-se em meninas a suspensão da menstruação por período igual ou maior de três meses em decorrência de sua condição clinica. 
Na bulimia, por sua vez, a pessoa pode estar dentro do peso normal, ou mesmo com sobre peso, tendo como principal sintoma as crises de compulsão alimentar recorrentes. Num primeiro estágio deste transtorno as chamadas crises bulimias podem ser iniciadas pela fome, porém depois da doença já instalada, estão associados a acontecimentos geradores de sentimentos negativos como tristeza, frustação ou ansiedade. É notável nesta patologia que entre as crises, o paciente restrinja o consumo de calorias, use medicamentos laxativos e diuréticos, sobrecarga de exercícios físicos para não ganhar peso. O mais comum é que utilize táticas errôneas de compensação após as crises, a mais utilizada é a autoindução do vômito.  
A obesidade tem diagnóstico menos criterioso, sabe-se que o paciente apresenta peso corporal muito acima do considerado normal e saudável. Diversas doenças de ordem orgânica e psíquica podem estar relacionadas com a obesidade, aumentando os riscos de doenças coronárias e arteriais para os pacientes. Esta doença deve ser vista como resultado de diversos fatores associados, sendo estes em parte culturais, outra parte da história pessoal do paciente, e todos devem ser investigados para um possível tratamento. Em muitos casos o obeso, já passou por diversas tentativas de emagrecimento, em algumas vezes perdendo peso durante o período de tratamento, mas voltando a engordar após seu término. 

Psicoterapias 
A Psicologia divide-se em diversas linhas teóricas e cada uma delas tem sua visão sobre como o ser relaciona-se com o outro, e neste caso a relação com a comida e com sua imagem corporal. E dependendo também da escolha dos profissionais há uma variedade de possibilidades de psicoterapias a serem utilizadas. 
A psicanálise, por exemplo, vê o seio materno como primeiro objeto da criança, e juntamente com seu corpo e a relação com os pais passam por etapas e o bom funcionamento destas pode trazer fixações que mais tarde ajudariam a explicar os transtornos alimentares e a obesidade. Porém este processo não é simples como pode parecer, a psicoterapia pode levar muito tempo, e não tem por finalidade uma “cura”, o que esta terapia proporciona ao paciente um melhor conhecimento de si próprio e a busca de explicações para comportamentos e sentimentos. Os pacientes que passam por crises bulímicas e anoréxicas podem buscar este terapia como auxilio no tratamento médico. 
No caso da obesidade é aconselhável que o paciente passe por  acompanhamento psicológico durante o processo de emagrecimento e pós tratamento, pois quase sempre precisa se adequar a uma realidade corporal. Este acompanhamento é obrigatório, por exemplo, em caso de cirurgia bariátrica, onde há uma necessidade de um processo de adequação relativamente rápido á nova realidade. No Brasil, o Ministério da Saúde aconselha que o paciente comprove no mínimo 2 anos de acompanhamento nutricional e psicológico com a finalidade de emagrecimento, sem estes obterem sucesso, para a realização da cirurgia. 
Existem também as terapias comportamentais fundamentadas nas linhas teóricas de Skinner e Rogers, ou ainda da fenomenologia, e gestaltista. É provável que encontremos na literatura variações de terapias que seguem esta linha. Não é necessário nomeá-las, mas vale lembrar que cada uma trabalha de maneira diferenciada. Ainda sim estas terapias comportamentalistas buscam a cura por meio do alivio de sintomas e trabalha de modo á buscar soluções no agora, isto é, não buscam explicações no passado ou em um trauma anterior, mas sim a mudança no presente, o alivio da dor psíquica.  
É claro que de vemos salientar que, dependendo da linha teórica seguida pelo terapeuta e o progresso do paciente, as sessões e os métodos serão levadas de forma diferente.  Existem psicoterapias experiencialistascomportamental ou fenomenológicas, e cada caso devera ser analisado por suas particularidades e necessidades. Há também aqueles que defenderão uma abordagem mais voltada para o todo, onde a família pode ser inclusa como paciente, e devera passar pelo processo junto. 


Bibliografias:

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